top of page

Alimentos fermentados: os melhores aliados na sua jornada saudável

Do famoso kombucha ao tradicional pãozinho, consumimos inúmeros alimentos que passam por diversos processos fermentativos até chegar na nossa mesa. Na maioria das vezes, não só não nos damos conta disso como também entendemos a fermentação apenas como um procedimento de conservação e preservação dos alimentos, mas é algo que vai muito além disso. Quando se trata de saúde e bem-estar, temos que considerar que o valor nutricional que a fermentação oferece.


Mas afinal de contas, o que é fermentação?


Para cada alimento fermentado, um processo fermentativo diferente é realizado, sendo assim, a fermentação não é um método único, mas sim diversos processos conduzidos de diferentes maneiras.


Do ponto de vista biológico, fermentação é a forma como as bactérias e leveduras obtém energia. Assim como nós precisamos de energia e a ganhamos através da comida que ingerimos diariamente, os microrganismos obtém energia, basicamente, pela metabolização do açúcar, ou seja, pelo consumo. Em todas essas reações para obtenção de energia, existe a eliminação de metabólitos (resíduos). No caso das bactérias, esses metabólitos gerados valem ouro para nós, pois apresentam uma variedade de benefícios para o nosso corpo.


A palavra fermentação vem do latim “fervere”, que significa ferver em português.

Os antigos romanos observavam os barris de uva fermentando para produzir vinhos, sem nem terem sequer ideia da existência de microrganismos. Eles perceberam a uva se transformando em uma bebida que proporcionava alegria às pessoas, era como se fosse uma benção divina. Naquela época, vale lembrar que eles também não tinham sequer a ideia do que era “álcool”.


Existem três principais tipos de fermentação, são elas: a alcoólica, a acética e a láctica. Abaixo, você vai poder entender como cada uma funciona.

A fermentação alcoólica ocorre em anaerobiose, isto é, sem a presença de oxigênio (O2). Esse processo é feito a partir de leveduras que consomem o açúcar e produzem como metabólito o etanol e gás carbônico (CO2). Assim, produzimos a cerveja, o vinho e o pão.


Já a fermentação acética é realizada por bactérias do tipo acetobacter, que precisam do O2 para oxidar o etanol, e desta forma produzir ácido acético. Com esse processo, obtemos o componente essencial para a fabricação do vinagre.

Por último e não menos importante, temos a fermentação láctica, realizada em anaerobiose por leveduras e bactérias acidófilas, que utilizam o açúcar e o transformam em ácido láctico e CO2. O iogurte, o queijo, o chucrute, o kimchi e os demais vegetais fermentados são feitos dessa forma.


Graças a essas técnicas milenares, nossos ancestrais sobreviveram. Com a produção e a conservação de alimentos através da fermentação, habitantes de regiões muito frias conseguiram enfrentar invernos rigorosíssimos. Apesar da forte industrialização que passamos nas últimas décadas, o que praticamente eliminou o processo de fermentação natural, ainda encontramos populações que preservam essa cultura, buscando usufruir de uma vida mais saudável e natural através uma alimentação benéfica ao sistema imunológico, intestino e cérebro.


Agora que você já entendeu mais ou menos o que é a fermentação, eu tenho um convite pra você, principalmente se você ama colocar a mão na massa: vamos fermentar juntos? Faça parte do nosso grupo de fermentadores e resgate um novo mundo na cozinha, o pré-requisito é um só: vontade de fermentar! Somos pessoas com algumas coisas em comum, mas o principal delas é querer fermentar com o intuito de termos uma vida mais saudável.


Vem comigo?


514 visualizações0 comentário
bottom of page